No último domingo (5), Israel advertiu que o acordo de cessar-fogo com o Hezbollah pode ser rompido caso o grupo não cumpra a exigência de se retirar para além do Rio Litani, no sul do Líbano. O acordo, que iniciou em 27 de novembro e prevê uma trégua de pelo menos 60 dias, estipula que o Hezbollah deveria se afastar 40 quilômetros da fronteira entre Israel e o Líbano, enquanto as forças israelenses retiravam suas tropas do território libanês. A trégua também exige que, até 26 de janeiro, apenas as forças armadas libanesas e a missão de paz da ONU permaneçam ao sul do Litani.
Embora o acordo tenha se mantido em grande parte, tanto Israel quanto o Hezbollah se acusam mutuamente de violar seus termos. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, reiterou que a implementação do cessar-fogo depende da retirada total do Hezbollah da região, do desmantelamento de suas armas e da destruição de sua infraestrutura pelo Exército libanês. A Unifil, missão de paz da ONU no Líbano, reportou múltiplas violações, incluindo a destruição de bens pertencentes à missão e às forças armadas libanesas por parte das tropas israelenses.
Em resposta, o líder do Hezbollah, Naim Qassem, indicou que o grupo poderia retomar as hostilidades caso as violações israelenses persistissem. Já o Hezbollah tem reagido com ataques contra territórios israelenses, alegando que a trégua foi infringida por Israel em várias ocasiões. As tensões continuam a aumentar, com ambas as partes se acusando de descumprir os compromissos assumidos, colocando em risco a estabilidade e a continuidade do cessar-fogo no sul do Líbano.