O governo de Israel decidiu adiar a votação do acordo de cessar-fogo com o Hamas, prevista inicialmente para quinta-feira (16), devido a divergências de última hora e disputas internas dentro da coalizão liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. De acordo com autoridades israelenses, a votação será postergada, com uma possível decisão sendo tomada apenas na sexta-feira (17). O impasse ocorre em meio a tensões dentro do governo e de críticas sobre as implicações políticas do acordo.
Na noite de quinta-feira, a situação se agravou com uma ameaça do ministro da Segurança Nacional de Israel, que disse que poderia renunciar e retirar seu partido da coalizão caso o cessar-fogo fosse aprovado. Ele argumentou que o acordo prejudicaria os resultados da guerra, permitindo que o Hamas permanecesse no controle de Gaza. Apesar da ameaça, o governo de Netanyahu ainda mantém uma maioria no parlamento, o que indica que o cessar-fogo pode ser implementado, embora com o apoio da oposição, caso a coalizão perca mais membros.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, expressou confiança de que o acordo de cessar-fogo entraria em vigor no domingo (19), conforme o planejado. No entanto, a data exata para a reunião do gabinete israelense ainda não está definida. O governo dos EUA continua a trabalhar com mediadores e autoridades israelenses para resolver os últimos detalhes do acordo, enquanto a tensão política em Israel segue em alta.