O governo de Israel adiou a votação que oficializaria o cessar-fogo em Gaza após acusar o Hamas de ter feito novas exigências. O plano de cessar-fogo, que já havia sido acordado, dependia da ratificação do gabinete do primeiro-ministro, mas Netanyahu alegou que o grupo havia solicitado mudanças no plano de realocação das tropas israelenses ao longo da fronteira de Gaza com o Egito, além de pedir a libertação de prisioneiros. O Hamas, por sua vez, negou ter feito tais exigências, reafirmando seu compromisso com o acordo original.
O adiamento gerou apreensão tanto entre israelenses quanto palestinos. O secretário de Estado dos Estados Unidos expressou otimismo, afirmando que divergências em negociações tão complexas eram comuns e que o cessar-fogo deveria ser implementado no próximo domingo, conforme o cronograma original. Ao final do dia, uma das coalizões políticas de Netanyahu afirmou que as divergências haviam sido superadas, e a votação deveria ocorrer na sexta-feira. No entanto, algumas figuras do governo se opuseram ao acordo, incluindo o ministro de Segurança Nacional, que ameaçou deixar o cargo se a trégua fosse aprovada.
Enquanto a votação não ocorre, a violência continua. O Hamas relatou que bombardeios israelenses mataram dezenas de pessoas nas últimas 24 horas, enquanto Israel afirmou ter atingido alvos terroristas. A Organização Mundial da Saúde e a União Europeia fizeram apelos para a reconstrução de Gaza, com a UE anunciando um novo pacote de ajuda. O chefe da OMS reiterou que a paz é a solução para o sofrimento na região.