Após meses de negociações, um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas foi inicialmente aprovado na quarta-feira (15), incluindo a libertação gradual de reféns e prisioneiros. No entanto, o governo israelense adiou a votação sobre o acordo, acusando o Hamas de modificar termos do entendimento de última hora. Além disso, membros importantes do governo de Israel ameaçaram retaliações se o acordo fosse implementado na íntegra, levando a uma crescente tensão política interna.
O partido liderado pelo ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, declarou que Israel deveria retomar as ações militares para destruir o Hamas após a fase inicial do cessar-fogo. Itamar Ben Gvir, ministro da Segurança Nacional, também ameaçou renunciar, o que poderia desestabilizar o governo, já que ambos controlam uma quantidade significativa de assentos no parlamento israelense. Em resposta, o líder da oposição Yair Lapid ofereceu apoio ao governo para evitar seu colapso.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que as questões pendentes no acordo estão sendo resolvidas e que o cessar-fogo deverá ser implementado conforme o previsto até domingo (19). Por outro lado, o Hamas negou as alegações de alterações de última hora, reafirmando seu compromisso com o acordo. A votação sobre o cessar-fogo será realizada em Israel nesta sexta-feira (17), com a expectativa de que o impasse seja resolvido.