O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que as tropas israelenses não cumprirão o prazo estabelecido para a retirada do sul do Líbano, que estava previsto para este domingo (26). A decisão coloca em risco o acordo de cessar-fogo com o Hezbollah, que já enfrenta dificuldades para ser totalmente implementado. O governo israelense justificou a prorrogação da retirada pela necessidade de garantir que o exército libanês se desloque para a região e que o acordo seja cumprido de maneira eficaz, especialmente no que diz respeito ao recuo do Hezbollah para além do rio Litani.
O gabinete de Netanyahu afirmou que a presença militar libanesa no sul do rio Litani, área próxima à fronteira com Israel, é uma das condições essenciais para o cumprimento do acordo de cessar-fogo. Israel acusa o Líbano de não cumprir sua parte do acordo, o que, segundo o governo israelense, compromete a segurança na região e impede a retirada completa das Forças de Defesa de Israel (IDF). Além disso, o governo destacou que a segurança de seus cidadãos não será comprometida e que os assentamentos e a população israelense continuam sendo prioritários.
O processo de retirada gradual das tropas israelenses seguirá, segundo o comunicado, em plena coordenação com os Estados Unidos. O governo israelense reiterou que não comprometerá sua segurança e insistiu na necessidade do cumprimento total dos objetivos das operações militares no norte do país. A crise gerada pela não implementação do cessar-fogo coloca mais pressão sobre as negociações e a estabilidade da região.