O Irã enviou quase três milhões de barris de petróleo de um local de armazenamento na China, com o objetivo de gerar fundos para apoiar grupos de milícias aliados no Oriente Médio. Essa remessa faz parte de um estoque de 25 milhões de barris que o Irã havia enviado para o país asiático no final de 2018, devido à expectativa de que as sanções impostas pelos Estados Unidos, sob o governo de Donald Trump, dificultariam suas exportações de petróleo.
Fontes indicam que a China autorizou a retirada e o embarque dessa carga no mês passado, o que marca uma mudança em relação a decisões anteriores, quando Pequim não havia permitido a venda de petróleo iraniano. No entanto, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês declarou não ter conhecimento sobre o caso, reforçando que a China se opõe ao uso de sanções unilaterais e ilegais por parte dos EUA, e que mantém uma política de cooperação com todos os países.
Essa decisão da China de permitir o envio de petróleo do Irã pode intensificar as tensões com os Estados Unidos, especialmente no contexto das relações comerciais e políticas entre as duas potências. A aprovação chinesa para a movimentação do petróleo iraniano sinaliza uma postura mais flexível em relação ao comércio com o Irã, o que pode ter implicações significativas para a dinâmica geopolítica no Oriente Médio e para a rivalidade entre China e EUA.