O Irã conduziu exercícios de defesa aérea neste sábado, em um cenário de crescente tensão com Israel e os Estados Unidos. O país está se preparando para possíveis confrontos com o governo de Donald Trump, que, de acordo com analistas, poderia intensificar as sanções sobre a indústria petrolífera iraniana e apoiar ações militares de Israel contra as instalações nucleares do país. Durante os exercícios, as forças armadas do Irã simularam respostas a ameaças aéreas, de mísseis e guerra eletrônica, com o objetivo de proteger o espaço aéreo e áreas estratégicas do território.
Esses exercícios fazem parte de um programa de dois meses iniciado no início de janeiro, que inclui simulações de defesas de instalações nucleares, como a de Natanz, contra ataques simulados por mísseis e drones. O Exército iraniano anunciou que está utilizando novos drones e mísseis durante as operações, além de revelar imagens de uma nova base subterrânea de mísseis visitada pelo comandante da Guarda Revolucionária. A medida é vista como um esforço para demonstrar a força militar do Irã diante das crescentes pressões internacionais.
Apesar de reveses recentes, como ataques israelenses contra o Hezbollah e o enfraquecimento de aliados como o governo sírio, o comandante Hossein Salami ressaltou a resiliência das forças iranianas. Ele advertiu que seus inimigos estavam iludidos quanto à fraqueza do Irã, destacando que, especialmente em relação a mísseis, o país está mais preparado do que nunca para enfrentar qualquer desafio.