Em 24 de janeiro de 2025, o Irã conduziu exercícios militares no Golfo Pérsico, destacando o uso de mísseis guiados por inteligência artificial. As manobras foram realizadas pela Guarda Revolucionária, braço militar ideológico do país, com destaque para os mísseis Ghaem e Almas, que foram lançados com o apoio de drones avançados como o Mohajer-6 e Ababil-5. Segundo a mídia estatal iraniana, esses mísseis destruíram com sucesso alvos hipotéticos, demonstrando as capacidades tecnológicas do exército iraniano.
O uso de inteligência artificial nos mísseis é uma inovação significativa para o Irã, que desenvolveu sua própria indústria de defesa devido ao rompimento das relações diplomáticas com os Estados Unidos após a Revolução Islâmica de 1979. Desde então, o país construiu um dos maiores complexos militares-industriais do mundo, produzindo armas como sistemas de defesa antiaérea, mísseis e drones. O desenvolvimento de tecnologias avançadas, como inteligência artificial, também tem sido uma prioridade nos últimos anos, especialmente após o pedido do líder supremo do Irã para intensificar os investimentos nessa área.
Esses exercícios militares coincidem com um período de crescente tensão nas relações internacionais, especialmente após o retorno de Donald Trump à Casa Branca. Durante seu mandato anterior, Trump adotou uma política de pressão máxima contra o Irã. Nos últimos tempos, o país tem realizado uma série de manobras militares, muitas delas em áreas próximas a instalações nucleares, o que reflete sua intenção de reforçar suas capacidades de defesa e sua autonomia tecnológica.