O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma alta de 0,52% em dezembro, acelerando-se em relação ao mês anterior, quando a variação foi de 0,39%. Com esse aumento, o IPCA de 2024 fechou o ano com uma inflação acumulada de 4,83%, superando em 0,21 ponto percentual a inflação do ano anterior (4,62%) e ultrapassando o teto da meta de inflação, que era de 4,5%. A expectativa do mercado para o ano era de uma alta de 4,88%, de acordo com a Reuters.
Os principais fatores que impulsionaram a inflação em 2024 foram os aumentos nos preços dos alimentos e combustíveis, com destaque para o grupo Alimentação e Bebidas, que teve uma alta de 7,69%, representando cerca de 1,63 pontos percentuais do total do IPCA. Além disso, os preços dos grupos Saúde e Transportes também exerceram pressões significativas sobre o indicador. A gasolina foi o item com maior impacto individual, com um aumento de 9,71%, o que contribuiu com 0,48 ponto percentual para a inflação.
O impacto das flutuações de preços foi observado em diversos subitens. Embora itens como as passagens aéreas tenham ajudado a reduzir a inflação com uma queda de 22,20%, outros produtos como o café moído, que subiu 39,60%, contribuíram para um aumento geral. O gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, explicou que os resultados de 2024 foram fortemente influenciados pelas condições climáticas adversas, que afetaram especialmente os preços dos alimentos, além da persistente alta dos combustíveis.