Em janeiro de 2025, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou uma alta de apenas 0,11%, a menor para o mês desde o início da série histórica, em 1994. Esse índice, que mede a inflação para famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, teve um crescimento mais baixo do que o observado no mesmo mês de 2024, que foi de 0,31%, e em dezembro de 2024, quando subiu 0,34%. A inflação também apresentou uma desaceleração em relação aos últimos meses, sendo o crescimento mais modesto desde julho de 2023.
A desaceleração do IPCA-15 impactou a taxa acumulada em 12 meses, que passou de 4,71% em dezembro de 2024 para 4,50% em janeiro de 2025. Esse movimento de queda consecutiva nas taxas de inflação pode sinalizar um alívio nas pressões inflacionárias, após um período de altas mais acentuadas. No entanto, a redução ainda não foi suficiente para atender completamente as expectativas do mercado financeiro, que previa uma queda menor, de 0,01%.
Apesar da expectativa de redução moderada, o resultado de janeiro de 2025 contrariou a mediana das estimativas de analistas, que indicavam uma pequena queda no índice. A previsão para o acumulado de 12 meses estava entre 4,22% e 4,62%, com uma mediana de 4,36%, ou seja, o número final de 4,50% ficou ligeiramente acima das expectativas. Esse cenário reflete a complexidade da inflação brasileira, que ainda demanda monitoramento atento para os próximos meses.