Um estudo recente realizado nos Estados Unidos revelou que investir na saúde mental dos adolescentes pode trazer benefícios econômicos substanciais para o país. Pesquisadores analisaram dados de 3.343 participantes de um estudo longitudinal iniciado em 1997 e verificaram que problemas psicológicos na adolescência estavam ligados a uma participação menor na força de trabalho e a uma redução no rendimento anual na vida adulta. Em média, esses jovens ganharam US$ 5.658 a menos por ano, uma perda significativa ao longo de uma carreira.
A pesquisa sugere que políticas públicas voltadas à saúde mental dos adolescentes, como a expansão de serviços de prevenção e cuidados, podem gerar uma economia de até US$ 52 bilhões em uma década. Esse valor, equivalente a R$ 312 bilhões, considera apenas os efeitos sobre a produtividade da mão de obra. A implementação de tais políticas poderia beneficiar diretamente a economia, além de contribuir para o bem-estar da população.
Com o agravamento da crise de saúde mental entre os jovens, o estudo reforça a urgência em aumentar os investimentos nessa área. A melhoria da saúde mental na adolescência não só traria um retorno econômico expressivo, mas também é uma questão de compromisso do Estado com a qualidade de vida de seus cidadãos, destacam os pesquisadores. O estudo foi publicado na revista científica PLOS Medicina em janeiro de 2025.