O investimento global em transição energética atingiu um recorde de US$ 2,1 trilhões em 2024, representando um crescimento de 11% em comparação com o ano anterior. A maior parte dos aportes foi destinada ao transporte eletrificado (US$ 757 bilhões), energia renovável (US$ 728 bilhões) e redes elétricas (US$ 390 bilhões). A China liderou os investimentos, com US$ 818 bilhões, um aumento de 20% em relação a 2023, superando os aportes de outros grandes blocos econômicos, como os Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido.
No entanto, apesar dos avanços, os investimentos atuais representam apenas 37% do montante necessário para alcançar as metas do Acordo de Paris. Para atingir as emissões líquidas zero até 2050, seria necessário um investimento médio de US$ 5,6 trilhões anuais entre 2025 e 2030. O relatório sugere que a expansão em setores emergentes, como descarbonização industrial, hidrogênio e captura de carbono, é crucial para que as metas climáticas globais sejam cumpridas.
O estudo também destacou uma diminuição de 23% nos investimentos em tecnologias emergentes, que somaram US$ 155 bilhões em 2024, enquanto tecnologias mais maduras, como energias renováveis, armazenamento de energia e veículos elétricos, tiveram um crescimento de 14,7%, somando US$ 1,93 trilhão. Essa tendência sugere que, embora as tecnologias emergentes enfrentem desafios, a continuidade do investimento em soluções já estabelecidas pode ser um passo importante para o avanço da transição energética.