Após o pico de investimentos para a implementação do 5G entre 2020 e 2022, as telecomunicações no Brasil apresentaram uma queda nos aportes em 2024. No terceiro trimestre do ano, os investimentos foram de R$ 8,5 bilhões, uma redução de 6,6% em comparação com o mesmo período de 2023. No acumulado de janeiro a setembro, os investimentos totalizaram R$ 24,5 bilhões, queda de 4,7% em relação ao ano anterior. Apesar disso, o setor continua sendo um dos principais impulsionadores da economia, ocupando o terceiro lugar entre os mais altos investimentos no país, atrás apenas dos setores de petróleo e energia.
Enquanto os investimentos diminuíram, a receita bruta do setor manteve-se estável. No terceiro trimestre de 2024, o faturamento foi de R$ 73,2 bilhões, com uma receita total de R$ 215,5 bilhões até setembro. A performance variou entre os segmentos, com crescimento de 3,8% na receita da telefonia móvel e da internet, além de aumento de 1,9% na banda larga. A migração de usuários de 4G para 5G e o aumento de celulares 5G no mercado indicam uma continuidade na demanda por esses serviços nos próximos meses.
No entanto, o mercado de TV por assinatura e telefonia fixa apresentou queda significativa. A receita de TV por assinatura teve uma redução de 19,2%, enquanto a telefonia fixa caiu 9,2%. Esses resultados refletem a mudança nos hábitos dos consumidores, que estão migrando para plataformas de streaming e serviços móveis. Além disso, a indústria de equipamentos de telecomunicações viu uma diminuição de 4,1% em sua receita, devido à desaceleração nos investimentos relacionados ao 5G.