Em 2024, o Brasil investiu R$ 77 bilhões nos setores de energia solar e eólica, registrando um aumento de 2,5% em comparação ao ano anterior. A energia solar teve destaque, com a instalação de 14,3 GW de capacidade, impulsionada principalmente pela geração distribuída, que representou 8,7 GW desse total. Os investimentos na energia solar atingiram R$ 54,9 bilhões, um crescimento expressivo de 30%, consolidando sua participação de 21% na matriz elétrica do país, com 52,2 GW de potência instalada.
Por outro lado, a indústria eólica enfrentou dificuldades em 2024, com apenas 3,2 GW instalados, uma redução de 1,6 GW em relação ao ano anterior. Os investimentos no setor somaram R$ 22 bilhões, representando uma queda de 35% em comparação a 2023. Esse cenário foi influenciado por fatores como a queda no preço de referência da energia elétrica em 2022 e a sobreoferta de energia no Nordeste, que limitaram novas instalações. Apesar das adversidades, há perspectivas de recuperação para 2025, com projetos que devem aumentar a demanda por energia eólica.
A situação do setor de energia no Brasil é acompanhada por um panorama internacional que reforça a transição energética. A relação comercial com a China é vista como uma vantagem estratégica, dado que grande parte da cadeia de suprimentos brasileira não depende do mercado dos Estados Unidos. Esses fatores, aliados a investimentos contínuos em tecnologias sustentáveis, podem impulsionar o crescimento do setor nos próximos anos.