Em um depoimento à Polícia Civil, a sogra de uma mulher acusada de envenenar um bolo com arsênio, que resultou na morte de três pessoas em Torres, no Rio Grande do Sul, detalhou uma série de intrigas familiares e uma tentativa de controle financeiro. A sogra relatou que, ao perceber comportamentos estranhos no casal, decidiu fazer um saque em uma conta conjunta, e posteriormente devolveu o dinheiro, alegando necessidade pessoal. A investigação também revelou que a mulher acusada de envenenar o bolo sempre demonstrou instabilidade emocional, com episódios de ciúmes e comportamento manipulador, especialmente em relação à sua sogra.
O envenenamento ocorreu durante as festas de Natal de 2024, quando a vítima preparou um bolo de reis com ingredientes que incluíam farinha de origem duvidosa, doada a vítimas de enchentes na região. O caso envolvendo a ingestão do bolo levou à morte de duas irmãs da vítima, além de outras hospitalizações. A mulher acusada, que foi presa em janeiro de 2025, tem sido investigada por diversos crimes, incluindo o possível envolvimento no envenenamento de seu sogro, falecido em setembro do ano anterior, antes do episódio com o bolo.
Em depoimentos, membros da família revelaram desentendimentos frequentes e relações tensas, com acusações de ciúmes e manipulação emocional. A polícia segue investigando o caso, com diligências em andamento, enquanto a acusada permanece detida temporariamente. As autoridades também descartaram, por enquanto, o envolvimento de outros membros da família no envenenamento, mas o caso segue sendo investigado com cautela para elucidar todos os detalhes.