Uma idosa de 103 anos foi submetida a um procedimento em sua casa para tratar uma ferida no pé, sem o uso de anestesia, o que gerou questionamentos sobre os cuidados recebidos. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que o procedimento realizado por uma enfermeira não foi uma amputação, mas sim um desbridamento, que é a remoção de tecido necrosado. A investigação ainda está em andamento, mas, até o momento, não foram encontrados indícios de maus-tratos ou crimes relacionados ao caso.
A idosa, que tem Alzheimer avançado, foi acompanhada por uma equipe médica desde 2023. O ferimento no pé da paciente não teve o tratamento cirúrgico imediato devido à sua idade, sendo adotados cuidados paliativos. No entanto, após o tratamento em casa, a condição da idosa piorou, e ela precisou ser submetida a uma cirurgia de amputação no hospital, mais de um mês depois, para remover a perna na altura da coxa.
Durante o procedimento realizado em casa, a enfermeira utilizou técnicas como laser e curativos, mas não recorreu a anestesia, uma vez que não se esperava dor devido ao quadro clínico da paciente. O descarte do pé amputado gerou controvérsia, com a enfermeira relatando dificuldades para fazer o descarte adequado. A situação está sendo analisada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência.