Os investigadores responsáveis pelo acidente aéreo da Jeju Air, o pior desastre aéreo da Coreia do Sul, informaram que enviarão uma das caixas-pretas do voo 2216 aos Estados Unidos para análise. A caixa de dados de voo foi danificada de forma irreparável, impossibilitando a extração de informações localmente. O vice-ministro da Aviação Civil, Joo Jong-wan, explicou que essa decisão foi tomada após constatado o grau de dano do equipamento. A aeronave, um Boeing 737-800, partiu da Tailândia com 181 pessoas a bordo e tentou um pouso de emergência no aeroporto de Muan, no sudoeste da Coreia do Sul. O avião não conseguiu acionar o trem de pouso e acabou colidindo com um muro de concreto, pegando fogo. O acidente resultou em 179 mortes, com dois comissários de bordo sobrevivendo.
Durante a investigação, os primeiros dados da caixa-preta foram extraídos e o gravador de voz da cabine já passou por uma análise inicial. A segunda caixa-preta foi recuperada, mas sem conector, o que levou à decisão de enviá-la também para os Estados Unidos. Inicialmente, as autoridades haviam especulado que uma colisão com aves poderia ter sido a causa do desastre, mas novos detalhes sugeriram que a falta de ativação do trem de pouso pode ter sido determinante para o acidente. As autoridades sul-coreanas estão realizando uma inspeção detalhada em sua frota de aeronaves Boeing 737-800, com foco na falha do trem de pouso durante a segunda tentativa de pouso.
A investigação segue em andamento, com a colaboração do Conselho Nacional de Segurança do Transporte dos Estados Unidos e da fabricante do avião. Enquanto isso, familiares das vítimas expressaram frustração com a demora na identificação dos corpos, que estavam gravemente danificados devido ao impacto. O presidente do comitê de investigação, Choi Sang-mok, informou que a identificação foi concluída e que mais corpos foram entregues para os funerais. As autoridades continuam a trabalhar para entender as causas precisas do desastre e garantir que as medidas necessárias sejam tomadas para evitar futuros incidentes.