O Ministério Público de São Paulo arquivou 17 das 22 investigações sobre mortes ocorridas durante a Operação Escudo, realizada na Baixada Santista em 2023, após a morte de um policial militar. Segundo pesquisadores da Universidade Federal Fluminense, dois casos ainda seguem em aberto e outros dois aguardam a confirmação ou o descarte do envolvimento de agentes da corporação. A Defensoria Pública do estado solicitou a reabertura de investigações, citando o Código de Processo Penal, com o objetivo de aprofundar a análise das ocorrências.
A Operação Escudo foi lançada pelo governo estadual para combater o tráfico de drogas na região, resultando na morte de 28 pessoas. Relatórios do Conselho Nacional de Direitos Humanos e da Defensoria Pública destacaram denúncias de violações de direitos, incluindo execuções extrajudiciais e prisões em flagrante sem apreensão de armas. A operação gerou ampla repercussão e foi alvo de pressão para ser encerrada, mas continuou sob o nome de Operação Verão.
As mortes, denunciadas como abusos por entidades de defesa dos direitos humanos, levantaram dúvidas sobre a justificativa oficial de envolvimento das vítimas com o crime. Um relatório apontou que 60% das pessoas detidas eram pardas, enquanto relatos de moradores questionaram as versões policiais. Até o momento, o Ministério Público não comentou sobre os pedidos de revisão, e o caso segue cercado por controvérsias.