A Polícia Federal está investigando um possível esquema de compra de votos no Ceará, que envolve a lavagem de dinheiro por meio de contratos públicos e emendas parlamentares. A investigação se concentra em um vigia de uma empresa que contratou com prefeituras locais, incluindo grandes contratos no valor de centenas de milhões de reais. A suspeita é de que ele atuaria como “laranja” para outros envolvidos no esquema, com ligação a políticos e empresários da região.
A denúncia surgiu após a ex-prefeita de um município vizinho afirmar que a empresa do vigia, supostamente ligada a um prefeito investigado, teria participado de fraudes em licitações e na movimentação ilegal de recursos. O prefeito eleito da cidade de Choró está foragido, e a investigação revelou ainda que uma empresa intermediária foi usada para transferir emendas parlamentares e recursos desviados. O deputado federal também é citado como possível envolvido em manipulação de recursos públicos e compra de votos.
A Operação Camisa 7 foi deflagrada para investigar as conexões entre os envolvidos e apreendeu evidências como dinheiro em espécie e máquinas de contagem de notas. Além disso, há relatos de saques feitos por um policial militar, a pedido do vigia, que visavam movimentar valores grandes em benefício do esquema. A Polícia Federal segue coletando informações sobre as empresas ligadas ao esquema e o uso de recursos públicos em campanhas eleitorais. O caso segue em apuração, e os investigados ainda não se manifestaram oficialmente.