A investigação sobre o envenenamento com arsênio em Torres (RS) está em andamento, com o Instituto Geral de Perícia (IGP) do Rio Grande do Sul realizando a análise de amostras genéticas de familiares da principal suspeita. A Polícia Civil expandiu o foco da investigação e coletou sangue de familiares da acusada, com o intuito de identificar possíveis vestígios do veneno no organismo de parentes próximos, incluindo seu marido e filho. A coleta de amostras aconteceu no Posto Médico Legal de Osório e será analisada pelo IGP.
A suspeita, que está presa desde o início de janeiro, é acusada de envenenar um bolo com arsênio, resultando na morte de três pessoas e deixando outras duas hospitalizadas, incluindo uma das vítimas mais próximas à investigada. A polícia revelou que a mulher também teria envenenado seu sogro meses antes, confirmando o uso de arsênio em um outro incidente. Além disso, investigações indicam que o veneno pode ter sido utilizado em outros contextos dentro do círculo familiar, o que leva a polícia a analisar todas as mortes por intoxicação associadas a ela.
A motivação do crime parece estar relacionada a desavenças familiares, com a principal vítima sendo alguém próxima à acusada. Mensagens recuperadas de um dispositivo eletrônico sugerem que a suspeita se preparou para esconder seus rastros e que tinha um histórico de conflitos com membros da família. A operação, intitulada Acqua Toffana, continua a coletar evidências para esclarecer a extensão dos envenenamentos e possíveis outras vítimas.