A agência anticorrupção da Coreia do Sul, responsável pela investigação de uma possível declaração de lei marcial, anunciou que o caso será transferido para o gabinete dos promotores para análise e possível indiciamento. A decisão foi comunicada pelo vice-chefe do Gabinete de Investigação de Corrupção para Oficiais de Alto Nível, que explicou que a agência não tem autoridade para processar diretamente o envolvido, mas pode encaminhar o caso para os promotores. O processo investiga alegações graves de abuso de poder e obstrução dos direitos de outros, além da liderança de uma insurreição.
O incidente está relacionado a um episódio ocorrido em 3 de dezembro, quando uma tentativa de imposição de lei marcial foi rapidamente anulada pelo parlamento, mas gerou grande preocupação no país. O ex-presidente, atualmente preso, está sendo investigado pelas ações que tomaram lugar naquele dia, com ênfase na falta de cooperação com as investigações em andamento. A agitação em torno do caso e a prisão do ex-presidente geraram manifestações e discussões em torno do processo judicial.
O CIO, criado em 2021 com o objetivo de investigar autoridades de alto escalão, tem conduzido essa investigação em conjunto com a polícia e o Ministério da Defesa, enquanto os promotores realizam sua própria apuração. Embora o ex-presidente esteja sob investigação por acusações graves, sua recusa em colaborar com as investigações tem gerado críticas e prolongado o processo judicial. A transferência do caso para o gabinete dos promotores é vista como uma medida necessária para aprofundar a investigação e alcançar a verdade dos fatos.