O inquérito da Polícia Federal sobre um suposto esquema de compra de votos no Ceará teve início após uma denúncia de ameaças contra uma ex-prefeita de Canindé. A investigação revelou um suposto esquema de corrupção envolvendo um prefeito eleito de uma cidade vizinha, que teria oferecido dinheiro em troca de apoio político. A partir de investigações, a Polícia Federal identificou vínculos com um deputado federal, levantando suspeitas de que o grupo manipulava eleições em diversas cidades do sertão cearense, com o uso de emendas parlamentares e recursos públicos desviados para financiar a compra de votos.
A PF encontrou mensagens e áudios que sugerem a prática de abuso de poder econômico, como promessas de apoio financeiro a aliados e a utilização de intermediários para transferir recursos de empresas ligadas aos envolvidos. A ex-prefeita de Canindé afirmou que o esquema envolvia vários municípios, com o uso de empresas de fachada e laranjas para ocultar os pagamentos. Durante as investigações, um dos principais suspeitos tentou ocultar provas, mas as evidências foram recuperadas, levando a Justiça Eleitoral a suspender a posse do prefeito eleito e seu vice, que estavam envolvidos no esquema.
Com o avanço da investigação, a Promotoria do Ceará pediu a cassação da candidatura do prefeito eleito e a interrupção de suas atividades. O caso ganhou contornos mais amplos com a descoberta de transferências financeiras de empresas ligadas ao grupo investigado, sugerindo um esquema complexo de captação ilegal de votos e doações eleitorais irregulares. A investigação segue em curso, com novos desdobramentos no Supremo Tribunal Federal, à medida que mais detalhes sobre o esquema de corrupção emergem.