A investigação sobre o assassinato de um delator vinculado a uma facção criminosa em São Paulo ganhou novos desdobramentos nesta quinta-feira (16), com a prisão de vários policiais militares. Entre os detidos, um foi identificado como o autor dos disparos que mataram o delator, enquanto outros 14 estavam envolvidos em uma escolta ilegal do mesmo. A operação foi conduzida pela Corregedoria da Polícia Militar e seguiu uma denúncia anônima recebida em março de 2024, que revelou possíveis vazamentos de informações sigilosas para criminosos. As investigações seguem em segredo, e as identidades dos envolvidos não foram divulgadas.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que o foco da operação agora é descobrir quem foi o mandante do crime. Segundo ele, as informações extraídas dos celulares dos policiais presos serão cruciais para o avanço das investigações. Embora o atirador identificado não tenha vínculo direto com a escolta ilegal, a polícia ainda trabalha para identificar um possível segundo autor do homicídio. As autoridades não descartam a existência de mais envolvidos, e o depoimento do policial preso, que será ouvido com a presença de um advogado, pode esclarecer novos detalhes.
Além das prisões, a investigação revelou que a escolta do delator envolvia uma logística complexa, com a participação de policiais militares, incluindo dois tenentes. Esses militares estavam envolvidos não diretamente com a segurança, mas com funções administrativas dentro da operação ilegal. As investigações apontaram que, entre os beneficiados pela atuação desses policiais, estavam membros de uma facção criminosa. A polícia continua coletando provas para dar sequência aos interrogatórios e esclarecer todos os aspectos do crime, enquanto mantém a confidencialidade sobre os detalhes da apuração.