No sábado (28), um Boeing 737-800 da companhia Jeju Air se envolveu em um trágico acidente em Muan, Coreia do Sul, que resultou na morte de 179 pessoas. O piloto do voo 7C2216 declarou emergência minutos antes da colisão com um muro de concreto no final da pista. A comunicação com a torre de controle indicou que o avião havia sofrido uma colisão com pássaros, mas as causas exatas do acidente ainda estão sendo investigadas. As autoridades sul-coreanas impuseram uma proibição de saída do país ao CEO da Jeju Air e estão conduzindo buscas no aeroporto de Muan para entender melhor as circunstâncias do ocorrido, incluindo a presença do muro de concreto na pista.
O voo, que havia partido de Bangkok, na Tailândia, enfrentou dificuldades durante o pouso, incluindo o não funcionamento do trem de pouso, que permanece um ponto de incerteza. Embora colisões com pássaros e pousos sem o trem de pouso não sejam, por si só, fatalidades comuns, o acidente levanta questões sobre a velocidade do pouso e o possível mau funcionamento dos sistemas de frenagem. A investigação apura também a falta de ação de sistemas essenciais, como os flaps, que ajudam a diminuir a velocidade e aumentar a sustentação do avião, e o impacto disso na tragédia.
A caixa-preta do avião foi recuperada e está sendo analisada para obter mais informações sobre o que ocorreu durante os momentos críticos do voo. Especialistas apontam que acidentes aéreos são, geralmente, causados por uma série de fatores interligados, o que pode levar meses para ser completamente esclarecido. A Coreia do Sul lidera a investigação, com a colaboração do Conselho Nacional de Segurança no Transporte (NTSB) dos Estados Unidos, devido ao fato de o avião ter sido projetado e fabricado naquele país. O principal foco agora é identificar as vítimas e esclarecer as causas do acidente, enquanto a comunidade aérea aguarda respostas.