Um relatório da Polícia Civil revelou que, antes de sua morte, ocorrida em janeiro de 2024, áreas controladas por um conhecido chefe do jogo do bicho no Rio de Janeiro começaram a ser repassadas a outros envolvidos no setor. Segundo investigações, esses pontos, localizados principalmente na Zona Norte, foram arrendados para outros bicheiros, incluindo dois nomes envolvidos em atividades ilícitas na cidade. A morte do contraventor, aos 95 anos, marcou o fim de uma era de domínio sobre o jogo do bicho em diversas regiões da cidade.
A investigação apontou que, antes de falecer, a transferência de controle de áreas para outros criminosos já estava em andamento. Conversas interceptadas revelaram que, já em 2024, outras figuras do jogo do bicho estavam assumindo partes das antigas áreas do contraventor. Entre os beneficiados estavam indivíduos que anteriormente disputavam o controle desses pontos, incluindo um acusado de envolvimento com o comércio ilegal de cigarros e outros crimes associados.
Além disso, a investigação também detalhou o envolvimento de figuras ligadas à organização criminosa, com alguns nomes sendo mencionados em investigações sobre o controle de diferentes bairros do Rio. A morte do contraventor e a subsequente redistribuição de suas áreas reforçam a dinâmica do jogo do bicho e suas ramificações no crime organizado, com múltiplas operações das forças de segurança sendo conduzidas para enfrentar esse tipo de crime no estado.