Três pessoas de uma mesma família morreram após ingerirem um bolo contaminado com arsênio, segundo investigação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. A perícia confirmou que a origem da contaminação foi a farinha usada no preparo do doce, que apresentava uma concentração de arsênio 2.700 vezes superior ao normal. Além das mortes, outras pessoas da família sofreram envenenamentos, mas sobreviveram. A principal suspeita do caso é uma mulher que comprou o veneno pela internet em quatro ocasiões, sendo que uma delas ocorreu antes do falecimento de seu sogro, e as demais antes das mortes das três vítimas em dezembro de 2024.
As autoridades confirmaram que o arsênio foi responsável pela morte de Paulo, que havia falecido meses antes, após consumir alimentos contaminados, como bananas e leite em pó, levados pela suspeita para sua casa. A polícia ainda investiga se outras pessoas próximas à família também foram alvo de envenenamentos. O marido da principal suspeita foi chamado a depor como testemunha, mas a possibilidade de sua participação no crime ainda está sendo apurada. A mulher, que está presa temporariamente, nega qualquer envolvimento nas mortes, alegando que os questionamentos ainda não foram respondidos de forma conclusiva.
O envenenamento foi identificado por meio de exames laboratoriais que detectaram altos níveis de arsênio no sangue, urina e estômago das vítimas. A polícia também revelou que a mulher teria realizado buscas na internet sobre venenos letais. Durante as investigações, foi revelado que o bolo tinha um sabor estranho e desagradável, o que gerou reações imediatas nas pessoas que o consumiram, incluindo um gosto apimentado que causou mal-estar.