Uma investigação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul apontou que o envenenamento de um bolo, consumido por sete pessoas de uma mesma família durante uma confraternização em Torres, resultou na morte de três mulheres e deixou outras vítimas hospitalizadas. A análise preliminar dos celulares apreendidos revelou pesquisas na internet relacionadas a venenos, incluindo arsênio, realizadas no local onde o bolo foi preparado. O Instituto Geral de Perícias (IGP) identificou que a farinha usada na receita continha concentração de arsênio 2.700 vezes maior do que a presente no próprio bolo, confirmando a contaminação deliberada.
Os exames forenses realizados em amostras de alimentos e nos corpos das vítimas apontaram níveis extremamente altos de arsênio, com destaque para os resíduos encontrados nos estômagos, sangue e urina das vítimas fatais. As análises também confirmaram que o composto químico estava presente na farinha usada no preparo. Testemunhas relataram que o bolo tinha um sabor estranho, levando à interrupção do consumo após os primeiros sintomas de intoxicação. Uma criança e um adulto também foram hospitalizados, mas receberam alta.
A principal suspeita, que nega envolvimento no caso, está em prisão temporária e é investigada por triplo homicídio e tentativa de homicídio. A defesa alega que as prisões possuem caráter investigativo e que o caso ainda apresenta lacunas a serem esclarecidas. As autoridades, no entanto, consideram as provas robustas e inquestionáveis, afirmando que a origem da contaminação foi a farinha usada no bolo. O caso segue em investigação, com a coleta de novos dados para confirmar as responsabilidades.