Uma tragédia familiar abalou o município de Torres, no Rio Grande do Sul, quando um bolo de reis envenenado matou três pessoas e deixou outras duas hospitalizadas. De acordo com a Polícia Civil, a principal suspeita de cometer os envenenamentos é uma mulher que, além de ser acusada de envenenar o bolo, também teria sido responsável pela morte do sogro meses antes, ao colocar arsênio no leite em pó que ele consumiu. A motivação dos crimes parece estar relacionada a conflitos familiares, incluindo ciúmes, desentendimentos e tensões no relacionamento do casal.
O marido da acusada, que foi ouvido pela polícia, revelou que o casamento estava em crise, especialmente após a morte do pai, o que agravou os problemas de relacionamento. Ele descreveu a esposa como uma pessoa instável e briguento, o que teria contribuído para o desgaste da relação. No depoimento, ele indicou que, embora nunca tenha expressado claramente o desejo de se separar, passou a cogitar essa possibilidade após a morte do sogro. A sogra da acusada, que também foi alvo da tentativa de envenenamento, mencionou que a nora a chamava de “Naja” e que havia desavenças relacionadas a ciúmes sobre questões pessoais, como o estilo de vestir.
A investigação continua em andamento, com a polícia buscando mais provas para esclarecer os eventos e entender as motivações por trás dos envenenamentos. A acusada permanece presa enquanto as diligências prosseguem. Além das mortes trágicas, a polícia também está analisando os detalhes de desentendimentos familiares que envolveram o Natal fatídico, onde o bolo contaminado foi consumido por vários membros da família, resultando em mortes e hospitalizações.
