As forças russas anunciaram a captura da cidade estratégica de Kurakhove, em Donetsk, após um ataque ucraniano na região de Kursk. A conquista russa representa um avanço crucial em uma área essencial para as linhas de defesa no leste da Ucrânia. Paralelamente, a ofensiva ucraniana liderada por Volodimir Zelenski busca reafirmar a presença militar do país, especialmente diante da iminente posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sinalizou interesse em mediar o conflito. No entanto, os avanços russos têm superado as expectativas, enquanto os ganhos ucranianos permanecem limitados.
Relatórios apontam que até 11 mil soldados norte-coreanos podem estar envolvidos no conflito, embora Moscou não confirme essa presença. Kiev afirma que 3 mil desses militares foram mortos ou feridos. A tomada de Kurakhove deixa Pokrovsk em uma posição vulnerável, com combates intensos em andamento. Analistas destacam a complexidade crescente do conflito, com perdas significativas para ambos os lados, enquanto a Ucrânia enfrenta dificuldades para ampliar seu contingente sem alterar a legislação de mobilização.
Donetsk, uma das quatro regiões anexadas pela Rússia em 2022, permanece parcialmente sob controle ucraniano, com estimativas sugerindo que 25% a 30% do território ainda resistem às forças russas. O cenário reflete a escalada do conflito e a tentativa de ambos os lados de consolidar posições antes de possíveis negociações, enquanto aliados ocidentais hesitam em fornecer novas garantias de segurança à Ucrânia.