A Agência Internacional de Energia (AIE) estima que os data centers consumiam entre 1% e 1,3% da energia global em 2022, e esse consumo deve dobrar até 2026. Essa demanda por energia está diretamente ligada ao crescimento acelerado da inteligência artificial (IA), que exige grandes esforços computacionais. O treinamento de modelos de IA, por exemplo, pode consumir a mesma quantidade de energia que uma cidade de porte médio por até um ano, evidenciando os desafios enfrentados pelo setor.
Além da alta demanda energética, os data centers que hospedam esses sistemas de IA precisam de intensos sistemas de refrigeração para manter os supercomputadores em funcionamento. O consumo de energia para resfriamento chega a ser responsável por 25% do total de energia usada, enquanto o restante é destinado ao funcionamento dos computadores. A água também é necessária para esse resfriamento, sendo que a cada 50 consultas realizadas, é necessário meio litro de água.
Embora o Brasil conte com uma matriz energética limpa e renovável, outros países ainda dependem de combustíveis fósseis para suprir as necessidades energéticas dessa tecnologia. O crescimento acelerado da IA exige soluções sustentáveis para garantir que os impactos ambientais não sejam maiores. A pesquisa sobre alternativas energéticas mais eficientes continua, e as soluções para esse desenvolvimento sustentável devem surgir em breve.