Um estudo desenvolvido na Universidade Federal de Goiás (UFG) está investigando a possibilidade de incorporar cheiros em ambientes virtuais imersivos por meio da Inteligência Artificial (IA). O projeto, chamado SOFIA, busca criar uma experiência sensorial mais completa, simulando aromas que acompanham imagens em realidade aumentada, com o intuito de tornar a imersão mais realista. A pesquisa está sendo conduzida por uma equipe da Faculdade de Farmácia da universidade, que explora o complexo processo biológico do olfato e como as moléculas de aroma interagem com os receptores olfativos humanos.
O projeto é composto por três frentes principais: entender melhor o mecanismo do olfato humano, desenvolver um modelo de IA capaz de prever novos aromas e criar um dispositivo que se conecte aos óculos de realidade virtual para liberar os cheiros simulados. A tecnologia poderá ser integrada a dispositivos já existentes, como os óculos de realidade virtual, ampliando as possibilidades de imersão em diversas áreas, incluindo saúde, lazer e educação. Terapias para distúrbios psiquiátricos e doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, são alguns dos campos que podem se beneficiar dessa inovação.
Atualmente, o projeto está em fase de desenvolvimento e já conta com alguns resultados apresentados em congressos internacionais. A expectativa é que a tecnologia esteja concluída em breve, com a primeira etapa do estudo prevista para o final do ano. Além disso, o projeto está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente nos campos de educação e inovação, e busca colocar o Brasil na vanguarda das pesquisas sobre tecnologias imersivas sensoriais.