Nos últimos dias, o cenário político no Canadá foi abalado por especulações acerca da possível renúncia do primeiro-ministro, alimentadas por fontes próximas ao governo. Esses rumores ganharam força após a inesperada saída da vice-primeira-ministra e ministra das Finanças, que alegou divergências em relação à condução da política econômica do país. Essa decisão gerou instabilidade e elevou a pressão sobre a liderança do governo, intensificada pela vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, que reacendeu temores sobre tarifas comerciais e relações diplomáticas tensas.
A insatisfação com a gestão do primeiro-ministro também se reflete internamente, com uma crescente perda de apoio dentro de seu próprio partido. Um número significativo de parlamentares, incluindo membros importantes da bancada de Ontário, manifestou publicamente seu descontentamento, pedindo sua renúncia. Pesquisas indicam que, em caso de eleições antecipadas, o Partido Conservador poderia capitalizar o descontentamento popular e emergir como favorito, agravando ainda mais a crise de governabilidade.
No campo econômico, a situação é igualmente desafiadora. A moeda canadense tem sofrido desvalorização, e analistas preveem uma recuperação lenta diante da incerteza política e econômica. A possível imposição de tarifas pelos Estados Unidos adiciona um novo elemento de tensão, colocando em risco as perspectivas de crescimento e estabilidade. Em meio a esse cenário, o governo enfrenta pressões para oferecer respostas concretas e recuperar a confiança da população.