A disputa judicial entre duas influenciadoras digitais norte-americanas marcou o primeiro caso envolvendo direitos autorais relacionados à estética visual nas plataformas sociais. Em abril de 2024, uma influenciadora entrou com uma ação contra outra, alegando que a segunda havia copiado sua estética minimalista, conhecida como “sad beige”, caracterizada por roupas e acessórios em tons neutros e sóbrios. A ação está sendo analisada por um tribunal no Texas, e pode estabelecer precedentes no que diz respeito à proteção de estilos visuais dentro do mercado digital.
O conceito de “sad beige” começou como uma tendência de moda entre pais, mas logo se espalhou entre influenciadores que adotaram essa estética como parte de suas marcas pessoais. A petição apresentada pelos advogados de uma das envolvidas lista supostas semelhanças nas postagens de ambas as influenciadoras, como o uso de roupas, acessórios e poses fotográficas idênticas. Embora a defesa da acusada rejeite as alegações, o caso levanta questões importantes sobre os limites da autoria e do plágio na era digital, especialmente em plataformas como Instagram e TikTok.
Especialistas em comunicação digital e direitos autorais destacam que, embora a estética possa ser considerada uma forma de expressão, a comprovação de plágio depende de semelhanças substanciais. O caso também coloca em discussão a relação entre influenciadores e as plataformas, que operam com base em algoritmos que favorecem a repetição de formatos e tendências populares. O veredito do juiz responsável pelo caso ainda está pendente, mas a decisão pode afetar o futuro das disputas sobre estética digital no mercado de influenciadores.