Em 2024, a inflação no Brasil ultrapassou o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), registrando uma alta de 4,83%, acima do limite de 4,5%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi impactado pela forte atividade econômica, pela desvalorização do real frente ao dólar e por eventos climáticos extremos, conforme explicações do Banco Central. Esse desvio levou o presidente da instituição a enviar uma carta ao ministro da Fazenda, destacando os fatores que causaram o aumento da inflação.
Essa foi a segunda vez consecutiva em que o Banco Central não cumpriu a meta de inflação. Em 2022, o índice também ficou fora do limite devido a fatores como o aumento do preço do petróleo e a recuperação econômica pós-pandemia. Em 2024, a transição da presidência do Banco Central de Roberto Campos Neto para Gabriel Galípolo não alterou a pressão sobre a inflação, que ainda continuou sendo um desafio para a política monetária do país.
Para 2025, as projeções indicam que a inflação poderá ser ainda mais elevada, com estimativas próximas de 5%. A meta de inflação para o ano segue o mesmo padrão, com o teto de 4,5%. Em resposta ao cenário inflacionário, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa Selic, e novas elevações estão previstas para os próximos meses, o que pode indicar que o controle da inflação continuará sendo uma prioridade em 2025.