A relação entre a dívida pública e o PIB no Brasil enfrenta desafios que demandam soluções práticas, como ajustes fiscais, inflação controlada ou mesmo medidas de não pagamento, embora essa última seja considerada improvável. Segundo análise, o aumento do nível de preços, impulsionado pela inflação, pode se tornar a principal estratégia para conter a trajetória da dívida pública, diante da dificuldade de realizar ajustes fiscais significativos ou controlar o crescimento nominal da dívida.
O governo federal apresentou um pacote fiscal no final de 2024, sinalizando intenção de ajuste econômico, mas as medidas propostas foram consideradas insuficientes para gerar superávits primários relevantes nos próximos anos. Sem uma disposição genuína para equilibrar as contas por meio de resultados fiscais robustos, a inflação pode acabar assumindo o papel principal na redução do peso da dívida em termos reais.
Especialistas avaliam que o ajuste por meio da inflação, ao corroer o valor real da dívida pública, pode evitar uma trajetória explosiva do endividamento. Essa abordagem, embora não ideal, parece ser a alternativa mais provável diante da falta de ações mais incisivas em outras frentes econômicas. O cenário macroeconômico reforça a necessidade de decisões estratégicas para garantir a sustentabilidade fiscal do país nos próximos anos.