Em 2024, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação, registrou uma alta de 4,83%, superando a meta do governo, que era de 4,5%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Sete das 16 localidades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentaram inflação superior à média nacional, com destaque para São Luís, que teve o maior índice, de 6,51%, impulsionado pelo aumento no preço da gasolina e das carnes. Embora tenha sido a cidade com a maior variação, São Luís não teve grande impacto no cálculo do IPCA geral, devido ao peso reduzido da cidade na composição do índice nacional.
O impacto de cada cidade na média nacional do IPCA é determinado não apenas pela variação dos preços, mas também pelo peso de cada localidade na amostra. São Paulo, por exemplo, representa 32,28% do peso total, seguida por Belo Horizonte (9,69%) e Rio de Janeiro (9,43%). Com isso, cidades com grandes populações e maiores economias, como São Paulo e Belo Horizonte, influenciam mais fortemente o índice, apesar de algumas apresentarem inflação inferior à média nacional, como o caso de São Paulo, que registrou 5,01%.
Entre as cidades com as menores taxas de inflação, Porto Alegre se destacou com 3,57%, beneficiada por quedas significativas em produtos como cebola, tomate e passagens aéreas. O IPCA apura o custo de vida para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos, e as variações de preços observadas nas cidades são influenciadas por fatores regionais específicos, como o clima, a variação do dólar e os preços dos combustíveis. As cidades analisadas incluem grandes centros urbanos como Rio de Janeiro, Salvador e Curitiba, além de capitais de estados menores, como Aracaju e Campo Grande.