Em 2024, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no Brasil, fechou em 4,83%, superando a meta de 4,5% estipulada pelo governo, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual. Entre as 16 localidades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sete apresentaram índices de inflação superiores à média nacional. São Luís, no Maranhão, teve a maior inflação do ano, com 6,51%, impulsionada principalmente pelos aumentos nos preços da gasolina e das carnes. Contudo, a variação mais expressiva na capital maranhense teve impacto menor no índice nacional devido ao seu peso reduzido no cálculo do IPCA.
As principais cidades brasileiras mostraram uma ampla variedade de variações nos índices de inflação. Enquanto São Paulo teve uma inflação de 5,01%, Belo Horizonte e Rio de Janeiro apresentaram taxas de 5,96% e 4,69%, respectivamente. Por outro lado, Porto Alegre registrou a menor inflação do ano, com 3,57%, resultado de quedas expressivas em produtos como cebola e tomate, além de passagens aéreas. O impacto da inflação nas regiões é calculado com base no peso de cada cidade no IPCA geral, e cidades com maior peso, como São Paulo e Belo Horizonte, tiveram uma influência significativa no índice nacional.
O IPCA mede o custo de vida para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos, e a coleta de preços abrange diversas capitais brasileiras, incluindo Belém, Fortaleza, Recife e Salvador, entre outras. A variação no índice de preços reflete as diferenças regionais nos custos de consumo, com algumas áreas mais afetadas por aumentos em determinados itens, enquanto outras apresentaram quedas em produtos específicos. A análise regional da inflação ajuda a entender os desafios econômicos enfrentados por diferentes partes do país e oferece uma visão mais detalhada das dinâmicas de preços no Brasil.