O dólar iniciou o pregão de sexta-feira (10) refletindo os dados mais recentes sobre a inflação brasileira, que registrou alta de 4,83%, superando o teto da meta estabelecida para 2024, que era de 3%. Essa é a terceira vez nos últimos quatro anos que a inflação ultrapassa o limite superior da meta, exigindo explicações do presidente do Banco Central à autoridade fiscal. Com a inflação em ascensão, o mercado espera que o Banco Central mantenha a elevação da taxa Selic, atualmente em 12,25%, podendo chegar a 16% ao ano.
Além disso, o foco dos investidores no cenário internacional está nos dados de emprego dos Estados Unidos, conhecidos como payroll. Estes números influenciam diretamente as decisões do Federal Reserve (Fed) sobre as taxas de juros. A criação de empregos robusta pode pressionar a inflação e interromper a tendência de cortes nas taxas de juros, enquanto uma geração mais modesta de empregos pode levar a uma continuidade nas reduções.
No mercado doméstico, o dólar fechou a R$ 6,0411, marcando uma queda de 1,11% em relação ao dia anterior. No entanto, o câmbio acumula uma alta de cerca de 28% no ano. O índice Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, também apresentou um leve ganho de 0,13%, encerrando o dia com 119.781 pontos. Mesmo com essa alta, o índice acumula perdas de 0,42% no mês e no ano, refletindo um cenário de incertezas tanto no mercado interno quanto externo.