Economistas do mercado financeiro projetam inflação e taxa básica de juros acima das metas estabelecidas para 2025. De acordo com o relatório Focus do Banco Central, a inflação esperada para o próximo ano subiu de 4,96% para 4,99%, superando o teto de 4,5% da meta de inflação. A Selic, por sua vez, deve alcançar 15% até o fim de 2025, refletindo o esforço do Banco Central em conter as pressões inflacionárias. Além disso, o dólar foi estimado em R$ 6,00 para o mesmo período, indicando uma possível perda de valor da moeda nacional.
O relatório também destaca preocupações com o impacto do aumento de gastos públicos e os cortes orçamentários anunciados, que, segundo economistas, não são suficientes para equilibrar as contas. A inflação mais alta reduz o poder de compra, principalmente das famílias de menor renda, enquanto o aumento das taxas de juros encarece o crédito e desestimula investimentos. No entanto, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) segue em perspectiva positiva, com previsão de alta de 3,49% para 2024 e de 2,02% para 2025, sustentada por dados econômicos acima do esperado no último trimestre.
Outras projeções incluem um superávit comercial reduzido de US$ 74,3 bilhões para US$ 74,2 bilhões em 2025 e a manutenção da entrada de investimentos estrangeiros diretos em US$ 70 bilhões. Para conter a inflação, o Banco Central segue ajustando a política monetária, com foco em alcançar as metas estabelecidas para os próximos anos, apesar dos desafios impostos pelo cenário fiscal e externo.