O mercado acionário iniciou 2025 com um desempenho instável, com o S&P 500 apresentando queda de aproximadamente 1%. O principal fator de incerteza é a retomada da inflação, que levou o Federal Reserve (Fed) a revisar suas projeções para os cortes de juros, adiando a expectativa para junho. O relatório de emprego de dezembro nos EUA, que superou as previsões, gerou uma queda nas ações e pressionou os rendimentos dos Treasuries, aumentando as incertezas quanto à inflação e às políticas monetárias.
Os dados de inflação, com destaque para o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), devem continuar a exercer grande influência sobre os mercados. Caso a inflação se acelere mais do que o esperado, pode afetar as expectativas sobre cortes nas taxas de juros e aumentar os rendimentos dos títulos do governo. O Fed projeta uma inflação de 2,5% em 2025, mas a permanência de uma inflação acima da meta pode gerar impactos negativos para o mercado de ações, pressionando os custos de empréstimos e atraindo investidores para os títulos de menor risco.
Além disso, a temporada de balanços das empresas está prestes a começar, com expectativas de um crescimento de 10% nos lucros das companhias do S&P 500. No entanto, questões políticas também estão no radar, com os investidores aguardando possíveis mudanças nas políticas econômicas dos EUA, especialmente no campo comercial e fiscal, sob a administração do presidente eleito. Essas incertezas e especulações, junto à expectativa sobre as decisões do Fed, podem gerar volatilidade nos mercados financeiros ao longo do ano.