O aumento significativo nos preços dos alimentos tem sido uma preocupação crescente do governo, especialmente com o impacto sobre a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2024, a inflação dos alimentos e bebidas foi de 7,69%, bem acima da média geral de 4,83% do país, com destaque para o aumento de itens como carne, café, leite e laranja. O subgrupo alimentação no domicílio teve um aumento de 8,23%, com as carnes apresentando um crescimento de 20,84%, o maior desde 2019.
O impacto desse aumento é especialmente sentido pelas famílias de baixa renda, que têm maior dificuldade para lidar com a alta nos preços básicos. A situação gerou discussões internas no governo, incluindo uma cobrança do presidente durante reunião ministerial sobre a necessidade de tomar medidas para conter a inflação dos alimentos. A crise também foi associada a fatores como o preço do dólar e os efeitos das mudanças climáticas na produção.
Entretanto, uma declaração equivocada do ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre a adoção de intervenções para baixar os preços foi corrigida pelo próprio ministério. Em vez de intervenções, o governo afirmou que busca implementar medidas que ajudem a controlar a alta nos preços dos alimentos. O debate sobre a melhor forma de enfrentar essa questão continua, refletindo a preocupação com os efeitos econômicos e sociais da inflação sobre a população.