O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do Brasil, registrou uma alta de 0,11% em janeiro de 2025, abaixo dos 0,34% registrados em dezembro de 2024, mas ainda superior às expectativas do mercado, que aguardava uma deflação de 0,02%. Esse resultado representa uma desaceleração nos preços, com uma inflação acumulada de 4,50% nos últimos 12 meses, um leve recuo em relação aos 4,71% do mês anterior, porém, ainda acima da meta de inflação do Banco Central, que é de 3%.
A pressão pela alta de preços foi novamente puxada pelos setores de Alimentação e Bebidas, que apresentaram um aumento de 1,06% no período. Dentro deste grupo, o preço dos alimentos consumidos em casa subiu 1,10%, com destaque para o aumento do tomate (17,12%) e do café moído (7,07%). Já o setor de Transportes também teve um impacto considerável, com passagens aéreas subindo 10,25% e combustíveis, como etanol e óleo diesel, apresentando variações positivas. A energia elétrica, no entanto, ajudou a moderar o índice geral, com uma redução de 3,43% no grupo Habitação, devido ao bônus de Itaipu que beneficiou consumidores com descontos nas faturas.
O governo brasileiro segue monitorando a pressão sobre os preços, especialmente no setor alimentício. A expectativa é que novas medidas sejam discutidas para tentar conter a alta nos custos de alimentos, enquanto o Banco Central pode continuar a adotar políticas monetárias, como o aumento da taxa Selic, em resposta à inflação persistente. A continuidade da alta nos preços tem gerado debates sobre seu impacto na economia e nas decisões políticas futuras.