A prévia da inflação no Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), registrou uma desaceleração significativa, passando de uma alta de 0,34% em dezembro para 0,11% em janeiro. Esse resultado foi o mais baixo para o mês de janeiro desde o início da série histórica em 1994, mas ainda ficou acima das expectativas do mercado, que projetava uma variação de -0,12% a 0,24%. O índice de janeiro também foi o mais brando desde julho de 2023, sinalizando uma pressão inflacionária moderada, apesar das expectativas de analistas.
O desempenho do IPCA-15 em janeiro foi influenciado por variações nos preços de diversos grupos de despesas. A maior contribuição para a desaceleração foi a queda nos preços da energia elétrica, que recuaram 15,46%, impulsionada pelo Bônus de Itaipu. No entanto, outros itens, como os alimentos, registraram aumentos, com destaque para uma alta de 1,06% no setor alimentício. A taxa de água e esgoto também apresentou um leve aumento de 0,86%, assim como o gás encanado, que subiu 0,62%.
Apesar da desaceleração da inflação, economistas apontam que o Banco Central deve manter sua política monetária restritiva, não sinalizando uma redução nas taxas de juros no curto prazo. Alguns especialistas, como o economista Fábio Romão, revisaram suas projeções para o IPCA, elevando-as ligeiramente para 0,08% em janeiro e 5,5% para o ano. A expectativa é que o Banco Central continue com ajustes na taxa básica de juros nas reuniões do Comitê de Política Monetária previstas para os próximos meses.