O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou uma inflação de 0,11% em janeiro de 2025, refletindo uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando o índice foi de 0,34%. Esse resultado representa o menor índice para um mês desde julho de 2023 e o mais baixo para um mês de janeiro desde o início do Plano Real. No acumulado dos últimos doze meses, o índice atingiu 4,5%, o que está no limite superior da meta de inflação do governo. A desaceleração da inflação indica que, apesar dos preços continuarem a subir, a velocidade desses aumentos foi menor.
A maior pressão para a inflação veio dos alimentos e bebidas, que subiram 1,06%, com destaque para itens como refeição, café moído e tomate, que apresentaram aumentos significativos. As passagens aéreas também exerceram forte pressão, com alta de 10,25%. No entanto, o custo de habitação recuou, impulsionado pela queda de 15,46% na conta de luz, devido ao Bônus de Itaipu, que gerou um alívio para os consumidores.
O IPCA-15 serve como uma prévia para o índice oficial de inflação, que será divulgado em fevereiro. Com base no IPCA fechado, o Banco Central monitora a meta de inflação do ano, que para 2025 é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Embora o índice de 2024 tenha ficado acima da meta, com 4,83%, a tendência é de um controle mais rigoroso da inflação no próximo ano, com foco na evolução mensal e no acompanhamento contínuo dos preços.