A inflação em 2024 fechou em 4,83%, ultrapassando o teto da meta estabelecido pelo Banco Central, que era de 4,5%. Este cenário reflete, principalmente, o aumento dos preços dos alimentos, com destaque para a carne, o frango e o café, que tiveram aumentos significativos ao longo do ano. Além disso, outros itens essenciais, como o leite, o azeite e o óleo de soja, também subiram de preço, afetando diretamente o orçamento das famílias brasileiras. O impacto dos custos elevados foi notado especialmente no comércio local, como feiras e barracas de vendedores, que precisaram reajustar seus preços.
Os principais fatores que contribuíram para o aumento da inflação foram o crescimento econômico acima do esperado, eventos climáticos adversos, como a seca e as chuvas no Sul do Brasil, e a desvalorização do real frente ao dólar. Esses elementos afetaram principalmente os preços dos alimentos e combustíveis, que estão entre os itens mais sensíveis ao câmbio. A alta da inflação, junto com um cenário de incertezas econômicas, resultou em uma pressão sobre as contas públicas e o câmbio, com o dólar em alta, impactando ainda mais os custos para os consumidores.
O governo e o Banco Central têm buscado alternativas para reverter o quadro, com ações fiscais e monetárias, como o aumento da taxa de juros. No entanto, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicou que a inflação deve seguir acima da meta até o terceiro trimestre de 2025, em função de fatores estruturais e do cenário externo. Embora haja previsão de uma acomodação dos preços, o impacto da inflação continua a ser um desafio para a população e para o governo, que tenta equilibrar o crescimento econômico com o controle dos preços.