Em dezembro de 2024, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação brasileira, registrou alta de 0,52%. No acumulado do ano, a inflação chegou a 4,83%, superando o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3%, com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%. O aumento foi impulsionado principalmente pelos preços dos alimentos, especialmente as carnes, que lideraram os índices de alta.
O mês de dezembro apresentou uma aceleração em relação a novembro, quando o IPCA subiu 0,39%. O grupo de Alimentação e bebidas teve a maior alta, com 1,18%, contribuindo com 0,25 ponto percentual para o índice geral. Em contrapartida, o grupo de Habitação registrou uma queda de 0,56%, influenciando negativamente o índice. No total, oito dos nove grupos pesquisados pelo IBGE apresentaram aumento nos preços.
Ao longo de 2024, a inflação refletiu uma pressão constante sobre setores como Alimentação e bebidas, com alta acumulada de 7,69%, e Saúde e cuidados pessoais, com 6,09%. O grupo de Transportes teve uma alta de 3,30%, enquanto outros setores, como Educação e Comunicação, também registraram aumentos significativos. O resultado de 2024 evidencia uma inflação superior à meta estipulada, especialmente impulsionada pelos alimentos.