Em 2024, a inflação oficial do Brasil registrou um índice de 4,83%, superando o teto da meta governamental de 3%. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo setor de alimentos e bebidas, que teve alta de 7,62%, representando 1,63 ponto percentual no IPCA. Outros setores, como saúde e transportes, também contribuíram para a inflação, com variações de 6,09% e 3,3%, respectivamente. Este é o maior índice desde 2022, quando a inflação foi de 5,79%.
O impacto nos preços de alimentos foi um dos principais fatores que elevaram o custo de vida, sendo a gasolina um dos itens que mais pesou, com aumento de 9,71%, contribuindo com 0,48 ponto percentual para o índice. Além disso, os planos de saúde e as refeições fora de casa também tiveram aumentos significativos, respectivamente de 7,87% e 5,7%, com impactos de 0,31 e 0,2 ponto percentual no IPCA.
O novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, deverá publicar uma carta para justificar o estouro da meta, como exige a legislação quando o IPCA ultrapassa o limite estabelecido pelo governo. A inflação de 2024 reflete uma combinação de fatores externos e internos que afetaram diversos segmentos da economia, como as condições climáticas desfavoráveis, que impactaram especialmente o preço dos alimentos.