Em 2024, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi impulsionada principalmente pelo aumento dos preços dos alimentos, que representaram mais de um terço da taxa total de 4,83%. O grupo Alimentação e Bebidas registrou alta de 7,69%, com impacto significativo de 1,63 ponto porcentual. A segunda maior contribuição veio de Saúde e cuidados pessoais, que teve aumento de 6,09% e impacto de 0,81 ponto porcentual, seguido por Transportes, com elevação de 3,30% e impacto de 0,69 ponto porcentual.
Além disso, outros setores também apresentaram aumentos, como Habitação (3,06%), Despesas Pessoais (5,13%) e Educação (6,70%), todos com contribuições moderadas para a inflação do ano. Por outro lado, alguns itens apresentaram alívios nos preços, com destaque para a queda nos preços das passagens aéreas (-22,20%), além de reduções em alimentos como tomate e cebola, que ajudaram a mitigar a pressão inflacionária.
Em dezembro, a inflação mensal foi de 0,52%, com maior pressão vinda da refeição fora de casa (1,42%) e outros itens como transporte por aplicativo e gasolina. No entanto, a energia elétrica foi o principal item com queda de preços (-3,19%), ajudando a suavizar o impacto inflacionário no mês. No geral, a inflação de 2024 foi marcada por aumentos expressivos em categorias como alimentos e saúde, mas também por alívios pontuais em outros setores.