Com a proximidade da implementação da reforma tributária, prevista para 2027, empresas do setor químico estão acelerando seus investimentos até 2026 para aproveitar os benefícios do Regime Especial da Indústria Química (Reiq). Este regime oferece incentivos fiscais, como a redução de Pis e Cofins sobre matérias-primas e insumos utilizados na produção de produtos químicos. Contudo, com a transição para o novo sistema tributário, que substituirá o Pis e Cofins pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), o Reiq será extinto, o que faz com que as empresas busquem aproveitar o programa enquanto ainda está em vigor.
Diversas companhias, como Braskem e Innova, já anunciaram investimentos significativos em suas plantas industriais até 2026, totalizando centenas de milhões de reais. A Braskem, por exemplo, planeja aplicar R$ 614 milhões em suas unidades da Bahia, Alagoas e Rio Grande do Sul, enquanto a Innova investirá R$ 30 milhões em suas instalações em Manaus e Triunfo. Esses recursos visam ampliar a capacidade produtiva das empresas, com a expectativa de que os projetos sejam apresentados ao Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) até 2025, para garantir a implementação antes do fim do Reiq.
O setor também está buscando uma solução para a extinção do programa, com a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) negociando com o governo federal alternativas que possibilitem a continuidade dos incentivos. A proposta é adaptar o Reiq ao novo sistema tributário, sem impactar significativamente a alíquota de 28% prevista para o novo imposto, o IBS. O objetivo é garantir que os investimentos no setor químico, que impulsionam a economia e geram empregos, continuem a crescer mesmo após a reforma tributária.