A atividade industrial nas principais regiões do mundo, incluindo Ásia, Europa e Estados Unidos, encerrou 2024 de forma fraca, com uma desaceleração geral no setor. As expectativas para 2025 são sombrias, influenciadas por uma série de fatores, como os crescentes riscos comerciais associados a uma possível segunda presidência de Donald Trump e a recuperação econômica incerta da China. Em particular, os índices de gerentes de compras (PMIs) para dezembro mostraram uma contração da atividade na China e na Coreia do Sul, enquanto Taiwan e o Sudeste Asiático apresentaram sinais limitados de recuperação.
Nos Estados Unidos, o PMI industrial caiu para 49,4 em dezembro, refletindo uma contração contínua do setor, que já estava em declínio nos últimos seis meses. O PMI da zona do euro também apresentou números negativos, com a região enfrentando uma recessão industrial prolongada. As três maiores economias da zona do euro – Alemanha, França e Itália – mantiveram-se em dificuldades, sem perspectivas claras de recuperação no curto prazo. Esse cenário de desaceleração global levanta preocupações sobre o impacto nas exportações e na confiança empresarial.
O futuro próximo permanece marcado por incertezas políticas e econômicas. Nos Estados Unidos, o presidente eleito tem sinalizado medidas de proteção comercial, o que pode agravar ainda mais os riscos para os mercados globais. Por outro lado, a China deve seguir com suas importações de minério de ferro em níveis recordes, apesar da fraca demanda por aço, o que reflete uma complexa situação de recuperação interna e seus impactos no comércio mundial. A falta de sinais robustos de crescimento na indústria global sugere que 2025 será um ano desafiador para a economia mundial.